Bolívia: Copacabana

Minha passagem por Copacabana foi bem breve por causa da infecção alimentar que tive. Além disso, eu estava em um péssimo momento da vida quando fui pra lá e pra Isla del Sol, algumas notícias ruins estavam chegando do Brasil, e não vou ser a pessoa mais empolgada para falar desses lugares. De qualquer forma, Copacabana é uma cidade muito lindinha, voltaria para lá, mas com companhia. Ela é muito pequenininha e parada, então é meio chato de ficar sozinha. Mas vamos do começo…

Chegando em Copacabana de La Paz

Chegar em Copacabana vindo de La Paz é bem fácil. Saem vários ônibus tanto do terminal de ônibus quanto do cemitério. Do cemitério saem ônibus de meia em meia hora de manhã, pelo que fui informada, mas meu hostel ficava bem perto do terminal de ônibus, então fui para lá. Acordei, tomei café e saí do meu hostel às 8h da manhã, cheguei no terminal de ônibus às 8h20 esperando pegar o ônibus das 8h30.

Importante: a viagem até Copacabana dura cerca de 4 horas e os barcos saem para a Isla del Sol diariamente às 8h e 13h30.

Ou seja, eu precisava pegar o ônibus das 8:30 para chegar a tempo de ir para a Isla del Sol no mesmo dia. Entrando no terminal, diversas pessoas vêm te abordar — dá medo, é sério — te oferecendo os mais diversos passeios. Perguntei pelos ônibus para Copacabana e me indicaram a Titicaca Tours, que ficava mais para o final à esquerda. Cheguei no balcão e quase morri do coração quando me disseram que o último ônibus saía às 8h. Não me dei por vencida e consegui um ônibus às 8h30 com a empresa Manco Kapac. Paguei 40bs e poderia ter negociado, mas já eram 8h27 e eu estava com medo de ficar falando mais e perder o ônibus, que era em outra porta.

No ônibus só tínhamos eu e um homem, então eles nos colocaram no ônibus de outra empresa, que estava mais cheio. Isso é bem comum na Bolívia. O ônibus não era nada de mais, mas também não era ruim. O principal defeito é que não tinha banheiro e isso me deixa nervosa, mas tudo bem. O caminho é lindo, de verdade.

Com mais ou menos 3 horas de viagem, o ônibus para em um povoado para atravessar o Lago Titicaca. Nesse povoado não tem nada, nem banheiro perto. Rolam só umas barraquinhas com comidinhas industrializadas. É importante atenção nessa parte. Algumas pessoas decidem ficar no ônibus para atravessar dentro dele (geralmente os locais), outras saem. Eu saí seguindo o fluxo, mas foi sorte porque as balsas que levam os ônibus são meio estranhas. Se você descer (faça isso), grava bem a cara de pelo menos algumas pessoas do seu ônibus, porque não tem nenhuma organização, é cada um por si. Seu objetivo é comprar a passagem do barco para atravessar (custa 2 bolivianos) e entrar no barquinho caindo aos pedaços com as pessoas do seu ônibus. Não enrole: se você não estiver do outro lado quando o ônibus chegar, você fica. A boa notícia é que são muitos ônibus para passar, então é bem provável que você chegue e ainda consiga ver seu ônibus na outra margem. Mas na Bolívia as coisas só saem quando estão cheias, então pode ser que você dê sorte, perca o barco e saia outro logo em seguida, ou dê azar e tenha que esperar séculos por mais pessoas para irem com você. Bem, atravessado o rio, é só esperar o seu ônibus chegar e entrar nele para continuar por mais 40 minutos. Nessa outra margem tem umas alpacas fofinhas, dá pra tirar umas fotos legais.

A cidade

O ônibus chega em Copacabana na praça da Igreja da Nossa Senhora de Copacabana. Não, não é coincidência, a Copacabana carioca deriva da boliviana. Muitos e muitos anos atrás, uns espanhóis decidiram levar uma réplica da santa que está na Bolívia para uma igreja no Rio de Janeiro. Eis que um bairro cresceu em volta dela e voilà: nasce o bairro com a praia mais famosa do Brasil.

Bem, nessa praça é só perguntar onde fica a praia, ou descer a rua na mesma calçada da igreja. Eu estava com muita pressa, mas tem várias lojinhas legais e baratinhas por lá. Por ali mesmo é possível encontrar vários restaurantes legais com Wi-Fi. Por legais entendam direitinhos, arrumados, comidas ok, nada luxuoso.

Se quiserem ir para a Isla del Sol, ao longo dessa mesma rua, tem várias agências de turismo, é bem fácil de ver, não se preocupem. Eu conheci um casal de brasileiros que me indicou uma, mas acredito sinceramente que todas façam o mesmo serviço.

Atenção: se você quiser ir para algum lado específico da ilha, avise na hora da compra do bilhete. Eu queria ir para a parte norte, mas não avisei e a mulher me vendeu a parte sul, que é mais barata. Se você esquecer, não é dor de cabeça, na Bolívia é tudo na conversa. É só chegar para o pessoal no cais e explicar a situação, pagar por fora e tá tudo certo, mas é bom evitar, principalmente se você não fala espanhol.

Paguei 15bs na agência (para a parte sul) e mais 5bs para o moço do barco para ir até a parte norte. Depois, é bom ficar esperando na praia, lá tem barraquinha de comidas industrializadas, banheiro (pago) e vários turistas. Pergunte a alguém de onde sai o barco da sua agência e espere por ali. Ninguém chama, você é que tem que se ligar que tá na hora. Não tive nenhum problema com falta de pontualidade, tudo certo nesse quesito.

Não dormi em Copacabana, passei apenas algumas horas, mas gostei bastante da atmosfera. Acho que é uma cidade para se visitar em casal ou com amigos/família. Ao contrário de La Paz, que tem muita coisa acontecendo, Copacabana é bem calma e boa para ficar passeando despreocupado. Boa viagem!

2 comentários sobre “Bolívia: Copacabana

  1. Pingback: Bolívia: Isla del Sol | Paula Drummond

  2. Pingback: Uyuni: contratando o passeio para o Salar | Paula Drummond

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