Cheguei de ônibus vindo de Bratislava, comprei na hora e foi €5 a passagem pela Slovakia Lines, empresa parceira da Eurolines na Eslováquia, só tem ela na rodoviária, não tem como errar, haha. A viagem é curtinha, dura mais ou menos 1:20 sem grandes emoções, os ônibus saem de hora em hora redonda (13h, 14h, 15h…). A estação de Vienna em que esse ônibus para é a Haptbanhof (HBF), ou alguma coisa assim e é só andar para a estação de trem com o mesmo nome para achar restaurantes, informação ao turista (ótima, aliás), e banheiro. De lá sai também um metrô e algumas linhas de tram.

Viena é uma cidade bonita, muito aristocrática, tudo nela reluz, é amplo, me lembrou um pouco Paris. E também é uma cidade cara, muito cara, paga mais de €10 pra entrar em tudo (exceto crianças) e deixei de fazer algumas coisas por isso.

A comida é bem ok, o prato típico é uma espécie de milanesa, tem de várias carnes. Ele é o prato mais barato na maioria dos restaurantes e mesmo assim custa no mínimo €9. Sempre vem acompanhado de batatas, fritas ou cozidas, e rodelas de limão.

A maioria das atrações são palácios, o que pode cansar um pouco, principalmente se já conhece muita coisa nesse sentido. A maioria deles fica juntinha perto do MuseumQuartier, um complexo multicultural ótimo tanto de dia quanto de noite. As exceções ficam para o Belvedere e o Schönbrunn. Não entrei neles por causa do preço e porque já estava meio saturada desse tipo de coisa, mas fui nos jardins dos dois e são lindos. Todos dizem que vale a pena entrar no Schönbrunn e conhecer seus 40 aposentos e também no Belvedere, mas para ver a valiosa coleção de arte.

Fora isso, tem a ópera, para quem gosta e tem sapatos limpos (não era o meu caso). Eles são meio cri-cri com vestimenta, o que inviabiliza a visita de alguns mochileiros. Além disso, o preço é salgadinho, conheci uma menina que foi na plateia em pé e odiou a experiência, disse para nem ir. Uma escola de equitação, que não me atraiu nem um pouco, nem passei perto e o museu da Sissi, que AMEI!

A Sissi, apelido de Elizabeth, foi a imperatriz da Áustria no séculos XIX. Esse museu, além de expôr louças, candelabros e outras riquezas, mostra como vivia essa figura tão importante da Áustria, mulher do imperador, obcecada com a aparência e extremamente depressiva. O ingresso adulto custa €12,50, já com audioguia (não tem em português), o que achei ótimo. Realmente recomendo pegar o audioguia, é importante para entender que Sissi nunca foi feliz na corte, apesar dos vestidos, quartos de luxo e até vagões de trem especiais expostos no museu.

Fora isso, recomendo o MAK – Museu of Applied Arts, que estava tendo a maravilhosa exposição The Happy Show, do designer Sagmeister, e o Donalkanal, braço do Rio Danúbio. Em suas margens, o grafite é permitido e tem vários tipos de manifestação artística, principalmente no verão.

De segunda à sábado, também recomendo o Naschmarkt, mercado de rua com frutas orgânicas, comida mais barata, especiarias e outras coisinhas. Sábado, tem uma feira de antiguidades, lembra bastante a do Lavradio, no Rio de Janeiro, mas mais bagunçada. o Naschmarkt fica na rua Friedrichstr. e uma boa estação de metrô para chegar nele é a Kettenberg, na linha U4.

Os transportes principais são o metrô e o tram, mas andei mais a pé para economizar e é superpossível, nada é tãaaao longe assim. O bilhete unitário custa €2,20 e, no mesmo esquema de diversas cidades europeias, tem que válidar.

No geral, gostei da cidade. Viena é um lugar para o qual eu voltaria, mas não faria de tudo pra isso. Se você gosta da realeza, palácios, carruagens e tem um dinheirinho a mais, recomendo a cidade. Se você é mais urbana(o), prefere agitação e está viajando sozinha, recomendo só se tiver tempo e dinheiro, não achei uma cidade imprescindível.