Istambul é uma cidade incrível, consegue mesclar religiões e culturas de um jeito muito interessante. Sugiro ficar pela cidade uns 4 dias, assim dá pra fazer bastante coisa e não ficar entendiado. Nos meus dias por lá, notei algumas coisas que podem ser úteis para os próximos visitantes, então divido com vocês:

1. A maioria dos banheiros vai ter vasos sanitários iguais ao nossos, mas nos públicos, que ficam nas praças, por exemplo, pode ser que tenham também vasos turcos, aquele que é um buraco no chão. Se virem um desses, recomendo procurar em outras cabines pelos “nossos”, geralmente pelo menos uma tem.

2. Muito cuidado com as motos. Não sei qual é a da legislação de lá ou se ela é apenas ignorada, mas as motos surgem do nada e saem passando em cima da calçada, mesmo no centro histórico, mais turístico. Eles não são pacientes, saem acelerando e você que saia da frente.

3. Diferente da maioria dos países europeus, o sinal estar verde para o pedestre não significa que os carros vão parar, façam como no Brasil e esperem que todos freiem para atravessar.

4. Istambul tem diversas ruazinhas que não aparecem nos mapas, meu conselho é fazer o que eu fazia: usava o mapa para ver mais ou menos a direção e ia perguntando pelo lugar que queria ir a cada esquina. Os turcos são simpáticos e tentam ajudar.

5. Os turcos são muito simpáticos, mas às vezes até demais. Se você for mulher sozinha, não dê muito papo, eles são muito incisivos e já percebi que estão sempre flertando, mesmo que você nem perceba. Estava conversando com o cara do hostel e ele me perguntava o que eu fazia no Brasil e coisas assim, eu estava respondendo porque, né, era o cara do hostel, aí quando respondi a minha idade, ele disse “ah, sou muito velho para você” e foi embora. Fiquei sem entender nada.

6. O bazar das especiarias, mais do que o Graand Bazar, é uma loucura, parece que vão te pegar cada um por um braço e partir ao meio. Fiquei realmente com medo. Meu conselho é não usar eufemismos para dizer não, simplesmente digam de forma bem clara, mesmo que isso pareça grosseiro. “Lady, posso te ajudar?” “Não, só estou olhando, obrigada”.

7. No Graand Bazar, perto do portão 1 (sem entrar), tem um senhor brasileiro que vende jóias chamado Naim. Muito simpático, me ajudou a achar um caixa para sacar dinheiro e atende em português. A loja é marrom, mas tem uma bandeira do Brasil na porta.

8. O melhor lugar que achei para comprar souveniers, considerando preço, foi no bazar das especiarias. O bazar é em formato de cruz, as lojinhas ficam em uma esquina. Se for para considerar a diversidade, Graand Bazar, com certeza.

9. Cuidado com onde vocês comem doner kebab (aquele que fica rodando no espeto vertical), escolham lugares com grande movimento, onde há troca frequente de carne.

10. Não deixem de provar baklava de pistache e sorvete de pistache também. Numa loja chamada Mado vocês encontram os dois.

11. Não deixem de fazer pelo menos um passeio por água, nem que seja a travessia até o lado asiático. É muito bonito!

12. Fiquem atentos para os horários dos banhos turcos, boa parte fica aberta até mais tarde, o que possibilita que vocês encaixem depois das atrações principais.

13. Beyoglu tem restaurantes ótimos, baratos e muito fofos ou descolados, não deixem de sair do centro de Sultanahmet para conhecerem outras partes da cidade também.

14. Istambul foi a cidade que tinha mais souveniers originais até agora, muita coisa legal. Não procurem dó nos bazares porque vai ser mais do mesmo.

15. Façam o cartão de transporte, vale a pena. Não achei transporte em Istambul fácil de entender, não, uma máquina comeu meu dinheiro uma vez, não tem pessoas vendendo bilhetes na estação de tram… Recomendo fazer esse cartão em qualquer maquininha automática e botar umas 20 liras iniciais, vai dar pra umas 8, 9 viagens.