Na Mochila da Paula

La Paz: visão geral

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Ok, tenho que ser bem sincera, não lembro quanto tempo ao todo fiquei em La Paz porque lá foi minha base para conhecer o resto da Bolívia e alguns imprevistos fizeram com que eu ficasse mais do que esperava na cidade. Acho que eu ia ficar cinco dias e acabei ficando seis, alguma coisa assim. O imprevisto é importante para a história: tive uma infecção alimentar que me deixou de cama por dois dias e fez com que eu fizesse um total de zero passeios fora da cidade como o Vale de la Luna, Chacaltaya e Tiwanaku. A estrada da morte eu já não ia fazer porque não sei andar de bicicleta (sinto muito, não sei). De qualquer forma, eu amei a cidade e tenho algumas coisas para dividir.

La Paz é a cidade mais populosa da Bolívia e sede do governo (não é a capital, essa é Sucre), está situada a 3.660m de altitude e é estruturada em formato de bowl. Provavelmente, você vai chegar pelo aeroporto de El Alto, que é mais acima, e conseguirá ver bem esse formato: embaixo ficam os prédios e o centro e em volta, subindo pelo morros, ficam casinhas sem acabamento, o que seria uma grande favela, para nós do Rio de Janeiro. É nítida a diferença econômica entre os “dois espaços” da cidade.

Você pode tranquilamente subir e descer e ver isso tudo de perto pegando um dos teleféricos, são acho que três linhas e custa 3 pesos bolivianos cada viagem. Eu andei nas  linhas vermelha e amarela, em ambas há um mirador na estação mais alta, e foram passeios baratos e bem legais. É um transporte bem comum para os locais e é fácil puxar conversa com alguém — eles adoram estrangeiros. Recomendo subir em uma das linhas de noite, La Paz parece uma cidade rodeada de estrelas pelo seu formato, é incrível.

A cidade  é encantadora, cheia de grafites, vibrante, beeem diferente de Santa Cruz de la Sierra. Costumo dizer que Santa Cruz parece querer ser uma coisa que não é e no final acaba não sendo nada. La Paz não, ela tem uma identidade muito definida. Se eu pudesse escolher uma palavra pra ela seria cores. Muito ligada às tradições, à Mãe Terra (Pachamama) e aos rituais estranhos (para nós, que viemos de fora), é uma cidade que merece ser conhecida.

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